Pois bem, para esclarecer essa nada barata questão, conversei com o biólogo Renan Carrenho, doutorando pelo Museu de Zoologia da USP. Embora o foco da pesquisa dele sejam os percevejos, ele também entende de barata, viu, cara e infante paulistana.
Carrenho explica, primeiramente, que não é sempre que as baratas morrem nessa posição, embora isso ocorra frequentemente. Nestes casos, quando a barata cai de algum lugar ou perde força e controle motor das pernas, o corpo pende para o lado mais pesado, que no caso de muitos insetos, é o dorso.
Quando elas entram em contato com inseticidas, por exemplo, o envenenamento provoca espasmos musculares que fazem a barata tombar e espernear até morrer, sem força nem coordenação para virar as pernas para baixo.
Além disso, o formato plano do dorso e da maioria das superfícies presentes nos ambientes urbanos, sem relevos irregulares ou objetos em que ela possa se agarrar, como folhas e gravetos, dificulta a vida da barata na tentativa de ficar sobre as pernas novamente.
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