O estudo foi publicado na última quarta-feira (26) no jornal científico Journal of Gerontology. Para chegar aos resultados, os pesquisadores avaliaram tomografias de 746 pessoas adultas do povo Tsimane, com idades entre 40 e 94 anos. A partir daí, a equipe percebeu que a atrofia cerebral acelerada, que é considerada um sinal de demência, condição atrelada ao envelhecimento.
De acordo com a pesquisa, conforme envelhecem, os habitantes da tribo enfrentam mais lentamente a questão da atrofia acelerada do cérebro, que pode estar ligada a doenças como o mal de Alzheimer. Para chegar a esses resultados, os cientistas calcularam os volumes dos cérebros dos Tsimanes e relacionaram esses dados com suas idades, em seguida, compararam os resultados com três diferentes populações urbanas de Estados Unidos e Europa.
Com isso, eles concluíram que a diferença de volume cerebral entre os mais jovens e os idosos era 70% mais lenta nos indígenas em comparação com as populações urbanas. O estudo é importante por ajudar a entender o funcionamento da atrofia cerebral, que está ligada ao risco de declínio cognitivo e funcional.
Chave pode ser estilo de vida
A explicação para isso pode estar no fato de os povos tradicionais serem mais ativos fisicamente e terem dietas ricas em fibras, vegetais, peixes e carnes magras. Enquanto isso, a alimentação dos estadunidenses e europeus é mais pobre em nutrientes e rica em gordura e açúcares, além do fato de suas vidas, em geral, serem mais sedentárias.
“Nosso estilo de vida sedentário e dieta rica em açúcares e gorduras podem estar acelerando a perda de tecido cerebral com a idade e nos tornando mais vulneráveis a doenças como Alzheimer”, declarou o professor de economia da saúde da Universidade Chapman, Hillard Kaplan, ao Eurekaalert. “O Tsimane pode servir de base para o envelhecimento saudável do cérebro”, completou o especialista.
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